quinta-feira, 23 de julho de 2009

Conspiração Lunar

O homem foi pra Lua descobrir a insanidade americana. O homem foi pra Lua, pra na Terra, americano virar Rei. O homem foi pra Lua dizendo “viemos em paz” enquanto no Vietnam a paz ia embora. O homem foi pra Lua porque a Terra já não bastava. O homem foi pra Lua porque americano que é americano não fica atrás de Russo. O homem foi pra Lua num projeto de alemão. O homem foi pra Lua pra ver um pequeno passo do outro homem, mas um grande passo para o americano. O homem foi pra Lua pra nunca mais voltar.




O homem pisou na Lua, porque há muito tempo não se chegava em algum lugar. O homem pisou na Lua pra ver a cara babaca e feliz do homem na Terra. O homem pisou na Lua porque já não tinha mais onde "pisotear". O homem pisou na Lua pro americano mangar de Russo. O homem pisou na Lua pra esquecer os problemas das Guerras. O homem pisou na Lua por ambição no planeta Azul.




O homem voltou da Lua acenando para o mundo. O homem voltou da Lua pra saber das novidades. O homem voltou da Lua para contar as novidades. O homem voltou da Lua achando que resolveu os problemas da paz mundial. O homem voltou da Lua abraçando o mar de saudades. O homem voltou da Lua pra ficar mais à vontade. O homem voltou da Lua pra fazer tanta besteira. O homem voltou da Lua pra ir pra Marte. O homem voltou da Lua pra ir pro Universo. O homem voltou da Lua pra não ter limites. O homem voltou da Lua pra morrer em casa. O homem voltou da Lua pra ficar na merda. O homem voltou da Lua pra não voltar pra burrice passada. O homem voltou da Lua pra virar americano. O homem voltou da Lua. Voltou da Lua. Da Lua. Lua. Mas ainda vive no Mundo da Lua.

Post feito à pedido de um grande amigo de cervejas geladas às sextas-feiras.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mais uma vez, "campeones"

Não existe conversa fiada numa hora dessas. Não existe papo pra boi dormir. Não existe justificativa. O que existe é que time brasileiro não se dá com time argentino em final de libertadores e ponto final. Como mudar isso? Parece simples, mas não é. Deixa a catimba de lado e joga seu futebol que vence, se for melhor vence. Entrar no jogo morno dos hermanos é que não dá.



A catimba é o grande trunfo destes argentinos papa-títulos da América. Porque você pode ter certeza que time argentino que ganha libertadores não tem jogadores que você olha assim e comenta: “Rapaz, esse cara ainda vai pra um time europeu grande”. Na verdade tem. Um. Foi Riquelme no Boca duas vezes, Tevez uma vez no mesmo, Verón no Estudiantes e podemos voltar bem mais até em 1994 com Chilavert, o goleiro mais catimbeiro de todos os tempos. E porque nesses times não se vê tantos jogadores diferenciados? Porque eles são treinados como máquinas para jogar e vencer a Libertadores. Aquele jogo frio que para o ritmo do time adversário, que provoca o brasileiro com um soco nas costas, que olha e dá um sorrisinho, que encara com cara de mal. Argentino joga assim. O Estudiantes catimbou o jogo na quarta-feira. Levou o torcedor do Cruzeiro a loucura com a apatia de Ramires, que parecia se refletir em todo o time. Kléber dessa vez não conseguiu se inspirar em Russel Crowe. O até então gladiador, foi derrotado. Wagner pouco fez. A zaga apática e nervosa. Enfim, do jeito que eles (os argentinos) programaram.

O que mais impressiona é que nós sempre acreditamos quando olhamos assim, 0x0 em La Plata. Agora vai, agora vai. Esquecemos um pouco que do outro lado existe um time, cujo país já conquistou 21 Libertadores (agora 22) e que catimba como poucos e sabe botar brasileiro pra ter raivinha e assim, impedindo de jogar do jeito que sabe jogar. Então fica pela milionésima vez a lição de como não se deve jogar contra os hermanos.

Uma lição também foi dada por Sebastián Verón nesta final de quarta-feira. A lição de como enfrentar um time brasileiro – diga-se freguês de argentino na Liberta – ditando o ritmo dos passes, ritmo da catimba, ritmo das jogadas, a hora de atacar e defender. Um cara de 34 anos não estando no auge de sua forma física consegue, e consegue muito bem comandar o time e liderá-lo para vitória. É a prova de que contra os brasucas, não se precisa de um garoto no auge da forma física ou um cara que necessariamente vá estourar lá fora. Você precisa somente de um cara que dite os caminhos e atalhos do jogo (entende-se catimba). E “La Brujita” Verón provou que isso ele sabe fazer.


Bom, mais uma vez, eles são campeões e nós, novamente, aceitamos o jogo deles, aceitamos
o toque de lado, aceitamos ver o Verón desfilar em campo, aceitamos as marcações e aceitamos que os argentinos sabem vencer a Libertadores. Diferente da Europa, da Copa dos Campeões da UEFA, quem vence aqui não é o futebol bonito, quem vence aqui é o futebol pragmático e isso que prova que a Liberta, sem dúvida, é o torneio mais difícil de vencer.

Hoje a gente deixa eles rirem, podem dar boas gargalhadas. Daqui há dois meses, nós nos encontramos de novo em La Bombonera. Abraço hermanos.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quem é, onde é, quando é e por que é Brasil?


Quem vive a alegria de praça, sabe quem sofreu e sorriu. Onde a praça estava, no mesmo lugar da gente bêbada e caída. E Quando insistiram em olhar feio, eles riram como se fosse piada. Porque apesar da cachaça estragada, a felicidade é de graça.







Quem mata na batalha “desgraça” morre na selvageria imunda. Onde os corpos apodrecem sem vida e sangue. Quando perceber os erros, há de se arrepender. Porque no fim uma lágrima deve ceder.


Quem bebe na água do poço é aquele que Deus não rezou. Onde o seco traz a agonia sofrida. E Quando o pingo do céu cai, alivia a dor do povo. Porque a morte da sede é a força da inchada no sertão.



Quem vai para o Centro do Brasil, conhece sua verdadeira alma. Onde Juscelino ergueu palacetes. Quando ainda o homem inocente debatia a ditadura fervente. Porque aquele que disse “NÃO” nas paredes, hoje diz “SIM” nas grandes bancadas do Planalto.






Quem renasce na mulata sambista tem a sorte. Onde a ginga há de escapar da cobiça. Quando os pés sambam para o fino estrangeiro, deixam o branquelo de queixo no chão. Porque desse molejo, nenhuma raça fez como a mulata aprendeu.



Quem joga muita bola tem a perna torta. Onde na Vila nasceu um soco no ar e um coração suado no peito. Quando a taça se ergueu o público cantou e gritou. Porque o drible da perna torta deixa o argentino na roda.



Quem carrega o peso do dia? Onde se esconde a noite da rebeldia? Quando os indigestos terão que digerir o grito abaixo do céu azul? Porque eles sabem, que aqui não se brinca, aqui é Brasil.




quinta-feira, 9 de julho de 2009

O pirulito que foi roubado.



Interessante como a imagem acima cria opiniões divergentes, não é? Divergentes que digo, tirando a maioria das opiniões de jornalistas. Bom, eu ouvi e li milhões de opiniões relacionadas a queda de um tal diploma que realmente deixou muita gente parecendo criança pedindo de volta o pirulito que foi roubado. Sinceramente, sem falsas verdades, todos estes que choram, choram porque sentem medo. Porque agora um canudo não vale tanto quanto valia. E será que valia tanto assim? Será que existe uma definição concreta do que é um jornalista? Segundo um professor-doutor da UFS, o jornalista somente tem a função mecânica de informar. Ok.

Agora, me explique então os jornalistas que fazem cinema, jornalistas que dirigem rádios e televisões, jornalistas que apresentam programas de economia sem saber o básico de economia, o jornalista que faz de tudo um pouco. O jornalista que invade “N” áreas e agora não pode ser invadido. É brincadeira? Jornalista pode ser tudo na área de entretenimento. Agora, jamais um jornalista pode ter seu espaço invadido. Isso é uma ofensa! Coitados deles, quase não têm mais lugar para trabalhar. Se você não tiver emprego, seja jornalista. É essas babaquices que se lê pelos meios de comunicação.


Faça-me o favor! Hipocrisia existe em todo lugar, mas nada como um sindicato possuir uma postura socialista e de repente ir de encontro com suas próprias ideologias discordando e provocando o STF por eliminar a necessidade de um diploma. A verdade é que, tudo é uma grande hipocrisia, já que pessoas que prezam tanto com a verdade das palavras e agem desta maneira estão precisando urgentemente rever os seus conceitos de jornalistas e de vida.


Então, voltando à imagem destas duas bocas. O que me parece a mais pura hipocrisia. Como eles afirmam que contra a ditadura foram oprimidos e que apesar da opressão, o POVO, repito, o POVO demonstrou o seu valor. Jornalista era uma parte do TODO. Então se estes que se dizem jornalistas usaram esta arma a favor da democracia, do voto direto, da liberdade de expressão, do “abaixo a ditadura”. Como podem então estes jornalistas quererem calar aqueles que também devem ter direito de voz? Já que na ditadura era o que o jornalismo representava e lutava. Qual o sentido dessa briga toda? Aonde eles pensam em chegar? Por que desse medo?



Se "a gente" devolver o pirulito você fica feliz, jornalista?


Vocês não são donos dos meios de comunicação e nem devem ser, vocês não são donos das palavras e nem devem ser, vocês não são donos do cinema nacional, vocês não são donos da produção no Brasil, vocês devem entender que o seu domínio não existe e agora, o melhor que se sobressaia.


Porque Jornal por Jornal, no final, todos vão para o Lixo. E de lixo a gente já está cheio.