sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mais uma vez, "campeones"

Não existe conversa fiada numa hora dessas. Não existe papo pra boi dormir. Não existe justificativa. O que existe é que time brasileiro não se dá com time argentino em final de libertadores e ponto final. Como mudar isso? Parece simples, mas não é. Deixa a catimba de lado e joga seu futebol que vence, se for melhor vence. Entrar no jogo morno dos hermanos é que não dá.



A catimba é o grande trunfo destes argentinos papa-títulos da América. Porque você pode ter certeza que time argentino que ganha libertadores não tem jogadores que você olha assim e comenta: “Rapaz, esse cara ainda vai pra um time europeu grande”. Na verdade tem. Um. Foi Riquelme no Boca duas vezes, Tevez uma vez no mesmo, Verón no Estudiantes e podemos voltar bem mais até em 1994 com Chilavert, o goleiro mais catimbeiro de todos os tempos. E porque nesses times não se vê tantos jogadores diferenciados? Porque eles são treinados como máquinas para jogar e vencer a Libertadores. Aquele jogo frio que para o ritmo do time adversário, que provoca o brasileiro com um soco nas costas, que olha e dá um sorrisinho, que encara com cara de mal. Argentino joga assim. O Estudiantes catimbou o jogo na quarta-feira. Levou o torcedor do Cruzeiro a loucura com a apatia de Ramires, que parecia se refletir em todo o time. Kléber dessa vez não conseguiu se inspirar em Russel Crowe. O até então gladiador, foi derrotado. Wagner pouco fez. A zaga apática e nervosa. Enfim, do jeito que eles (os argentinos) programaram.

O que mais impressiona é que nós sempre acreditamos quando olhamos assim, 0x0 em La Plata. Agora vai, agora vai. Esquecemos um pouco que do outro lado existe um time, cujo país já conquistou 21 Libertadores (agora 22) e que catimba como poucos e sabe botar brasileiro pra ter raivinha e assim, impedindo de jogar do jeito que sabe jogar. Então fica pela milionésima vez a lição de como não se deve jogar contra os hermanos.

Uma lição também foi dada por Sebastián Verón nesta final de quarta-feira. A lição de como enfrentar um time brasileiro – diga-se freguês de argentino na Liberta – ditando o ritmo dos passes, ritmo da catimba, ritmo das jogadas, a hora de atacar e defender. Um cara de 34 anos não estando no auge de sua forma física consegue, e consegue muito bem comandar o time e liderá-lo para vitória. É a prova de que contra os brasucas, não se precisa de um garoto no auge da forma física ou um cara que necessariamente vá estourar lá fora. Você precisa somente de um cara que dite os caminhos e atalhos do jogo (entende-se catimba). E “La Brujita” Verón provou que isso ele sabe fazer.


Bom, mais uma vez, eles são campeões e nós, novamente, aceitamos o jogo deles, aceitamos
o toque de lado, aceitamos ver o Verón desfilar em campo, aceitamos as marcações e aceitamos que os argentinos sabem vencer a Libertadores. Diferente da Europa, da Copa dos Campeões da UEFA, quem vence aqui não é o futebol bonito, quem vence aqui é o futebol pragmático e isso que prova que a Liberta, sem dúvida, é o torneio mais difícil de vencer.

Hoje a gente deixa eles rirem, podem dar boas gargalhadas. Daqui há dois meses, nós nos encontramos de novo em La Bombonera. Abraço hermanos.

Um comentário:

  1. Mermão eu acho que isso é psicologico. Brasileiro já vai pra final contra argentino pensando, po os cara vão catimbar o jogo todo, vão arruma confusão, vão fica tocando bola, e agte n vai conseguir ganhar. Por mais que tente mostrar que ta pensando positivo, no fundo fica isso martelando na cabeça. Enquanto não deixar o fantasma de lado vai ser assim.

    mas relaxe ki prox ano o São paulo da o troco e vinga os brasileiros.
    suahususasusah

    gostei do post
    abraço bolo

    lukinhas

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