quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um tal congresso de quê?

E de repente numa conversa de boa hora, surge no papo, um tal congresso de conhecimento. Na terra do calor e praia cheia de sabor. Sabor de mulher, cerveja e axé.

E tudo vai se organizando conforme a vida vai nos guiando e o dia em que se deve partir há de vir. Ônibus lotado e ninguém finge estar sem estar. Não há motivo para qualquer tristeza, logo em frente existe muita gente pronta para te fazer sorrir. Mesmo que nos dure as cansativas 15 rodadas dos principais ponteiros, a gente aguenta.
A gente aguenta esse sol na cara e bebe logo aquela gelada pra poder ficar ventilado pela brisa que vêm da areia. E as mulheres se juntam formando o contorno brasileiro e instituindo as leis do movimento, elas comandam quem vai e quem não vai. Elas estão no controle. Os homens, apenas com suas lupas descaradas, esperam uma chance de fazer a garota dar umas boas gargalhadas.

A batida de um funk descontraído agita um pessoal desinibido. Longe da terra natal, pouco é o que não se espera. Enquanto o sol atinge o seu ápice, a sede começa a bater forte, mas ninguém quer matá-la com água. Salivas vão rolar. A vantagem fica por conta de quem segue a risca da pedida feminina. Os homens que saem das fábricas. Segue o modelo ser forte, ter cabelos espetados, óculos escuros e sunga. Esses levavam a vantagem. Mas nada que um pouco de malícia não ajude os mais fracos. Algumas vezes, algumas vezes, que fique bem claro, um papo cabeça é que faz a diferença.

Quando parece que tudo está se cansando e o sol já caminha se pondo, a noite aguarda cada um dos confinados. E que a festa não termine, porque o Brasil quer nos mostrar sua beleza. Ah! Mulher brasileira, porque tu fazes assim com o pobre menino? Como se cria coragem para peitar você de frente? Quando verei cenário mais belo? Quando irei me alucinar novamente a ponto de ver minha mente explodir? E quando você menos espera, ela explode. Explode pra sentir a energia daquele lugar todo. Na verdade, todo mundo explode num lugar como esse. Que se deixe em casa todo o medo que se tinha da vida.

Teve gente que foi a procura de um sotaque e acabou procurando por outro. E até hoje acredita, que ali era a vida em jogo. Teve gente que desapareceu por dois dias e nem sabe onde estava. Teve gente que aprendeu a falar “visse”. Teve gente que botou pra fora toda agonia de três dias. Teve gente que fez gente. Teve gente que acreditou que isso servia ainda pra estudar? Teve gente que saiu de lá achando muita coisa, mas pensando em uma única coisa. Saudades.

3 comentários:

  1. eita karaio doido...
    vc ta ficando bom vei
    kkkkkkk
    me arrepiei lendo aki e lembrando

    "Teve gente que foi a procura de um sotaque e acabou procurando por outro. E até hoje acredita, que ali era a vida em jogo."

    me identifiquei bastante
    kkkkkkkk

    fico massa
    flw bolo

    ResponderExcluir
  2. Muito muito massa!
    'Teve gente que aprendeu a falar “visse”.'
    seeeeii viu!!kkkkkkkkkkkkkk

    Com certeza...só ficou a saudade! e a maior vontade de voltar próximo ano!^^

    ;**

    ResponderExcluir
  3. vc escreve tao bem, gosto dos seus textos :)

    saudades daí desse prédio!!! hhmmmmm

    bjoo

    ResponderExcluir